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O jardim dos caminhos que se bifurcam

João Pinharanda

Posto de trabalho

Os bosques e florestas, tidos por lugares sagrados em todas as culturas e muito especialmente queridos nas mediterrânicas ou norte-europeias, podem, ainda assim, ser lugares diversos: de pacificação e bondade ou de estranhamento e medo. Fontes benignas, sombras acolhedoras, clareiras iluminadas, delicadas melodias dos pássaros ou de seres mágicos carregados de um erotismo feliz, intrincadas […]

Barra das Almas

Luisa Soares de Oliveira

“Ao olhar para esta série de fotografias “Barra das Almas”, de Valter Vinagre, sabemos de instinto que, apesar da sua data recente, se referem a um tempo que não é o nosso. Um tempo pré-moderno, onde a máquina não determinava ainda a vida dos homens e as horas e os dias se sucediam pautados por […]

Antes da vida seguinte

Celso Martins

Como fotografar o silêncio? Como fotografar o invisível ou o velado? Desde que há fotografia – melhor seria dizer, desde que há imagem – que o problema se põe. seja porque o que está em causa são conceitos e não realidades tangíveis, seja porque essas realidades se furta absolutamente ao olhar da câmara. A violência […]

A vida na morte

Sérgio B. Gomes e Valter Vinagre

Animais de Estimação de Valter Vinagre

A vida na morte Há fotógrafos que teimam em trilhar os caminhos menos óbvios, mais espinhosos. Que gostam da provocação, da sugestão, da ironia e de alguma matreirice, sem que isso se pareça em nada com joguinhos florais ou ziguezagues barrocos – não é dar curva só para ver se a máquina aguenta, é dar […]

Semânticas Híbridas

Alejandro Castellote

Quando perguntaram ao escritor argentino Jorge Luís Borges a sua opinião sobre a actualidade literária, respondeu com o seu habitual sarcasmo que não estava muito a par das novidades editoriais, já que dedicava quase todo o seu tempo de leitor à actividade que considerava mais interessante e enriquecedora: reler. Quero pensar que essa atitude não […]

Para memória futura

Celso Martins

A relação da fotografia com a morte é antiga e complexa. Por um lado, a imagem fotográfica albergou, sobretudo nos seus primeiros anos, toda a sorte de fetichismos, das degenerescências físicas, aos acontecimentos bizarros. A morte, e com ela a evidência do cadáver, fez parte deste desejo de presença razoavelmente intemporal a que a fotografia, […]